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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Tiradentes de inimigo da Monarquia a Heroi Republicano

   
 
Imagem: Reprodução/EPTV

Barba,cabelo ou Careca?

    Segundo alguns Historiadores,  Tiradentes nunca usou barba e cabelos longos. o Fato de ser militar, se muito poderia usar era um discreto bigode. Na época do enforcamento, segundo relatos, ele estava de cabeça raspada e barba feita.  

 

Tiradentes Alferes

    Desde do período Republicano celebra-se em 21 de Abril o dia de Tiradentes. O dia 21 de abril se tornou feriado nacional em 1890, logo após a Proclamação da República. Sua imagem como militar patriota foi exaltada tanto pela ditadura de 1964-1985, como pelos movimentos de esquerda, que o consideravam um símbolo de rebeldia.
 

     Aquele que lutava pela independência mineira foi tido como herói nacional. Curiosamente esse reconhecimento se deu quase cem anos depois de sua morte. De inimigo da monarquia a herói da República, assim foi trajetória de Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes. Para alguns historiadores, a República fez Tiradentes. 

    Foi durante o período Republicano que Tiradentes tornou-se símbolo, mártir, herói e mito. Para muitos historiadores, a imagem de Tiradentes a qual estamos acostumados ver, trata-se de uma cópia dos traços de Jesus. 

Imagem Folha de São Paulo

 
    O objetivo de tal semelhança seria mexer com o emocional da população,  com a figura de um herói nacional, e dessa forma legitimar e consolidar a nova República. Em 21 de abril de 1792, Tiradentes foi “enforcado, decapitado e esquartejado. Para que os súditos da Coroa nunca se esquecessem da lição, a cabeça de Tiradentes foi encravada num estaca e exposta em praça pública em Vila Rica, e seus membros, espalhados pela estrada que levava ao Rio de Janeiro.” 
 

 A INCONFIDÊNCIA MINEIRA 

    A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi um movimento separatista regional ocorrido abortado pelo governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da Derrama e o domínio português.  No Brasil Colônia, a derrama era um dispositivo fiscal aplicado no estado de Minas Gerais a partir de 1751, para assegurar o piso de 100 [cem] arrobas anuais na arrecadação do quinto. A derrama obrigava os mineradores a cobrirem com suas posses, tudo aquilo que lhes pertencia como objeto de valor, o que faltava na quantia do quinto.
 
      A política de Portugal em relação a Minas Gerais começou a se desgastar, uma vez que os interesses da Coroa portuguesa eram distintos dos interesses da colônia (Brasil). No começo daquele século, algumas revoltas já tinham acontecido em Minas Gerais, como por exemplo a Revolta de Filipe dos Santos, mas ainda não tinham tido o caráter separatista que a Inconfidência Mineira teve.

    A relação que já era ruim piorou quando os portugueses resolveram tornar mais rígida a política fiscal (cobrança de impostos) para Minas Gerais. Isso aconteceu na década de 1750, durante a administração do Marquês de Pombal, e relacionou-se diretamente com o Terremoto que destruiu Lisboa, capital portuguesa, em 1755. O terremoto teve um grande impacto sobre a economia portuguesa e a reconstrução precisava ser financiada de alguma forma. Sendo assim, Carvalho e Melo determinou o aumento dos impostos nas Zonas Mineradoras na região de Minas Gerais. Essa ação, a longo prazo, contribuiu para aumentar a insatisfação dos colonos contra Portugal.

Terremoto de 1755 deixou entre 10 mil e 70 mil mortos e destruiu cerca de 85% das construções de Lisboa - Wikimedia Commons 
Referências
  
 

 
 
 

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